Sinopse:
Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele... Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.
Comecei a leitura de "Os Três" esperando algo totalmente diferente do que encontrei, mas isto não foi nada decepcionante. Para explicar melhor, quando abri o livro, esperava encontrar ali uma história de terror com descrições que fossem me deixar sem sono, mas acabei lendo algo que me deixo de fato sem dormir, porém por um motivo diferente, pois fiquei refletindo sobre como a mídia pode transformar muitos assuntos em casos totalmente escandalosos.
Como
estudante de comunicação consegui identificar neste livro a teoria
conhecida como "Sociedade do Espetáculo", proposta pelo escritor francês
Guy Debord, em que ele critica a forma como a mídia trata determinados
assuntos, transformando o que por vezes poderia ser apenas uma história
normal em algo infinitesimalmente maior. É isto o que basicamente
acontece em "Os Três", de Sarah Lotz, o fato de três crianças
sobreviverem a quedas de aviões que aconteceram ao mesmo tempo, em
diferente pontos do globo.
A
vida dos sobreviventes e as pessoas ligadas a elas vira de cabeça para
baixo quando a imprensa internacional começa a rondar, sempre em busca
de um furo que possa lhes render a matéria principal em um telejornal ou
a capa de um jornal impresso.
Claro,
o suspense, ou terror, como queira chamar, ainda existe. "Os Três" tem
todos os elementos necessários a um romance de mistério excelente, com
reviravoltas e acontecimentos que te prendem a cada página, fazendo com
que a leitura flua tranquilamente. Apenas os dois capítulos finais que
me deixaram um pouco cansado, posto que pareciam estar ali apenas para
dar um volume maior ao livro, com exceção das últimas páginas que deixam
realmente uma pulga atrás da orelha do leitor.
Para
terminar, a diagramação do livro está muito boa, e as bordas das
páginas, totalmente pretas, o que me chamou muito a atenção. A editora
está de parabéns por esta edição.
Título original: The Three
Autor(a): Sarah Lotz
Ano: 2014
Páginas: 400
Editora: Arqueiro
Nota: 8 caracteres
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